quinta-feira, 30 de julho de 2009

Noções sem noção

Ontem os meus pais celebraram mais um aniversário da sua vida em conjunto. A minha Mãe diz que passaram quatorze anos, ao passo que o meu Pai diz que tem ideia que são dezasseis. Ainda por cima ao meu Pai pareceu muito tempo, enquanto que para a minha Mãe o tempo passou "num instante".

Há aqui coisas que não entendo. Mas há alguém que se ature mais de duas horas? Eu tenho que o fazer porque não escolhi nem o meu Pai nem a minha Mãe, mas eles tiveram a oportunidade de não se aturarem, nem aturarem ninguém. "Ao fim ao cabo" os meus pais eram uns miúdos, quando começaram a dizer aos meus avós que ainda eram virgens. Quantos manos devem ter sido desperdiçados, nos momentos em que os meus pais faziam as pazes, depois de mais uma zanga provocada por uma teoria de Kant, por uma contratação do Benfica ou pela mania obsessiva que o meu Pai tem de analisar e tentar perceber tudo o que se passa em seu redor?

Mas será que eu não posso ter uns pais normais? Porque será que a minha mãe não fica acordada, de braços cruzados e cara de gladiador, enquanto espera que o meu Pai chegue de manhã de uma noite de copos, para depois lhe dizer "amanhã falamos", e deitar-se na cama?
Porque será que o meu Pai não se preocupa que a minha mãe vá sair à noite com as amigas ou fazer jantares noite dentro, sem sequer perguntar para onde vão, ou a que horas chegam?
Para que raio querem os meus pais os telemóveis, se durante as noites em que vão sair não os usam para ligar um ao outro (a cada cinco minutos) a fazer questionários pidescos?
Porque é que o meu Pai é que cozinha e a minha Mãe é viciada no Benfica?

Uma das coisas que acho piada são os momentos de troca de insultos bem humorados.
Os meus pais nada têm contra a homossexualidade até porque têm amigos/as que o são, mas ambos, quando tem os tais momentos de insultos bem humorados, pseudo-legitimam a homossexualidade com piadolas machismo-femininistas ou machisto-feministas.
O meu Pai diz que compreende os homens que optam por relacionamentos homossexuais, porque as mulheres são impossíveis de aturar. Já a minha mãe diz que existem lésbicas para que as mulheres possam ter alguém para falar a sério sobre futebol, visto que nem para isso os homens servem.

Enfim...com isto tudo tenho que me esforçar por tomar conta deles. Eles são cotas, não pensam!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Quando for grande quero ser pirata

Ao ver esta imagem disse ao meu pai: "olha Pai, este senhor é um pirata!".
O meu pai explicou-me que este senhor é um dos maiores símbolos da cultura portuguesa e que eu vou saber melhor quem ele é quando for para a escola dos grandes.
Disse-me também que todos os pais gostavam de ter um filho como este senhor...um tal de Camões.
Eu fiquei muito contente por poder fazer a vontade aos meu pais. Quando for grande quero ser Pirata, mas...se me derem a escolher prefiro o "pacagaio" no ombro, do que a pala no olho ou a perna de pau.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Grávidas ao poder!

Passado que está um mês e cinco dias depois do meu aniversário, o meu Pai lá actualizou a informação do cabeçalho do blog.
A minha mãe diz que ele é calão. Deve ser por isso que a minha mana demorou tanto tempo a chegar à barriga da minha mamã.
O meu Pai não quer admitir, mas foi o comentário e o arremelgar de olhos da "Voz off" que o convenceu a actualizar este espaço. Diz o meu pai que não se devem contrariar as grávidas e que nunca se sabe quando pode precisar de lhe cravar cigarros.
Eu não percebi essa coisa de não contrariar as grávidas, porque a minha mãe está sempre a lamentar-se do facto do meu pai nunca lhe fazer as vontades. Mas, desde que eu possa ver o Ruca e mandar pedras ao Pipas isso não me incomoda!